quinta-feira, 7 de abril de 2011

Módulo 04 - 2º Encontro - 19 de Março de 2011

No horário habitual chegamos ao Guima para mais um encontro e para nossa surpresa tivemos que nos dirigir a outra sala, que não a costumeira, o que causou um desconforto pelo deslocamento que não estávamos acostumados. E imediatamente tivemos que nos dirigir a outra sala para assistirmos a alguns filmes juntamente com a turma de Secretaria.
           
Os filmes encomendados pela UNICEF, a fim de retratar a situação de crianças marginalizadas em diversos países, foram elaborados por diretores de renome internacional, o que resultou um trabalho de excelente qualidade técnica e histórica.

Assistimos a três deles que foram:
O primeiro “CIGANOS” – da Sérvia – história de um menino, interno em um reformatório para delinqüentes. Sendo que a origem do problema está na família da criança, especialmente na pessoa do pai, violento sem valores éticos, morais ou sociais, cuja influência fez com que a criança preferisse permanecer no reformatório, lá as pessoas as protegiam e na rua não tem ninguém, nem mesmo aqueles deviriam amá-lo.

O segundo, “CRIANÇAS DE JESUS NA AMÉRICA” – EUA – mostra o cotidiano de uma menina que sofre agressão e ofensas verbais de outros colegas na escola. Novamente pela situação lastimável dos pais, viciados e portadores do HIV. Quando ela rompe a barreira da inocência e toma conhecimento da triste realidade de sua vida, pois também é portadora do vírus, aceita-a com resignação, passa a freqüentar um grupo de auto ajuda onde é acolhida com carinho.

O Terceiro filme se passa no Brasil, “BILU E JOÃO”, contempla a deprimente realidade de meninos, neste caso um casal de irmãos, que são obrigados a se aventurarem por São Paulo, a cata de papéis e sucatas para colaborar nas despesas de “sobrevivência” da família. São exploradas também pelos receptadores que aparentam solidariedade, mas seus objetivos são outros.

Numa breve reflexão sobre os temas, todos muito fortes e deprimentes, pois são dramas vividos ao nosso lado, fica difícil entendem como que conseguimos chegar à lua, mas em contrapartida, somos totalmente incapazes de resolver o mais grave e desumano problema da humanidade, onde 20% da população detêm 80% do capital mundial. Assim, geramos famílias abaixo da linha de pobreza e mesmo que queiram criar seus filhos com um mínimo de conforto, são obrigadas a lançarem mão de práticas aviltantes, expondo-as aos mais inóspitos perigos e situações que não encontramos em nenhum outro segmento da natureza.

A infância, fase da inocência, do desenvolvimento e de novas descobertas, deve ser preservada pelos “adultos”, requer cuidado e atenção. A família precisa ser atendida pelas autoridades com políticas de geração de emprego e renda, com respeito, para que possa suprir suas necessidades básicas, como alimentação, saúde e moradia e deve ser estendida a todos, não somente a classe dos mais privilegiados.

Cabe a todos nós, educadores, empresários, religiosos, profissionais liberais, ONGs, governos, enfim toda a sociedade mudar essa realidade. Já a conhecemos, cada ser humano deve  deixar de ser o centro e olhar para o lado, melhorando a vida do outro, veremos a nossa melhorada, sim eu acredito que se cada um fizer a sua parte mudaremos a conjuntura, por pior que se apresente, temos um belo exemplo aqui mesmo em nosso país, com a Pastoral da Criança, onde uma ilustre Senhora, saudosa Zilda Arns mudou a realidade de milhares de crianças condenas a inanição e devolveu a infância que todos queremos partilhar.

Um comentário:

  1. Parabéns Marta, excelentes considerações, vívidas!
    Aguardo atualizações!
    abraço,

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