segunda-feira, 25 de abril de 2011

3º Encontro – Módulo 04 - 26 de Março de 2011.


Finalmente o dia a apresentação dos trabalhos sobre os teóricos Skinner, Piaget, Freud e Wallon em Mídia, para toda a turma. As equipes foram sorteadas pelo Tutor e coube ao meu grupo pesquisar e expor a biografia, teoria e contribuição para educação do Psicólogo Skinner.

Foi uma semana de muitas conversas por meio eletrônico, sendo que a parte mais trabalhosa ficou sob a responsabilidade do colega Windrson, devido a experiência que obteve trabalhando na equipe de multimeios didáticos da Secretaria de Educação. Ele editava o filme e enviava para os demais colegas da equipe: Carla, Letícia, Maikon, Janete e eu, para crítica e sugestões. Fizemos o que estava ao nosso alcance, apenas ficamos um pouco prejudicados devido ao prazo muito curto e não nos reunir para fazer juntos, uso das técnicas, recursos e programas de multimeios.

Chegamos mais cedo e preparamos o local da apresentação, com os vidros escurecidos, distribuição de pipoca, cadeiras e projetor dispostos imitando uma sala de cinema, já entrando no clima do Skinner que defende o condicionamento operante, e a reação da turma correspondeu com o esperado, comportaram-se como expectadores de uma seção de cinema como foram induzidos.
O cientista desenvolveu o que chamou de máquinas de aprendizagem – a organização de material didático de maneira que o aluno pudesse utilizar sozinho, recebendo estímulos à medida que avançava no conhecimento. Grande parte dos estímulos se baseava na satisfação de dar respostas corretas aos exercícios propostos. A idéia influenciou procedimentos da educação norte-americana. Skinner considerava o sistema escolar um fracasso por se basear na presença obrigatória, sob pena de punição. Ele defendia que se dessem aos alunos "razões positivas" para estudar. "Para Skinner, o ensino deve ser planejado para levar o aluno a emitir comportamentos progressivamente próximos do objetivo final, sem que para isso precise cometer erros", diz Maria de Lourdes Zanotto. "A idéia é que a máquina de aprendizado se ocupe das questões factuais e deixe ao professor a tarefa fundamental de ensinar o aluno a pensar."

Os trabalhos das demais equipes no que toca a apresentação e conteúdo achei que se esforçaram e conseguiram demonstrar com criatividade o objetivo da pesquisa.

Sobre Wallon: Frances, nasceu em 15/06/1870, filósofo, médico, psicólogo, político com influência marxista, como contribuição para educação, dividiu as etapas do desenvolvimento humano em:
a)      Período de vida intra-uterina – total dependência fisiológica, marcada por reações motoras.
b)      Período impulsivo e emocional – após o nascimento – abrange o primeiro ano de vida, onde as emoções prevalecem e permitem as primeiras interações da criança com seu meio.
c)      Período sensório-motor – por volta dos dois anos, onde há predomínio da exploração do mundo físico e caracterizado  pela aquisição da marcha e da palavra.
d)      Período do personalismo – entre três e cinco anos, que se caracteriza por ser um período de confrontos e de formação da autonomia.
e)      Período da puberdade e da adolescência – antes da idade adulta. Crise comparada a dos três anos com o retorno da atenção sobre sua própria pessoa
f)        Período da fase adulta – a pessoa atinge certo equilíbrio entre o desenvolvimento emocional e o intelectual.
Wallon foi o primeiro a considerar as emoções da criança na sala de aula, fundamentou suas idéias em quatro elementos básicos, que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.

Sobre Piaget – 1896 – 1980. suíço, psicólogo e filósofo, destacou-se por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil. Identificou os quatro estágios da evolução mental de uma crianaça:
a)      Fase 1 – Sensório motor do nascimento ao 18º mesa de vida a criança busca adquirir controle motor e aprende sobre os objetos físicos que a rodeiam.
b)      Fase 2 – Pré-operatório do 18º aos 8 anos de vida, a criança busca adquirir habilidade verbal, já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente, mas ainda não consegue coordenar operações fundamentais.
c)      Fase 3 – Operatório-concreto dura dos 8 aos 12 anos, a criança começa a lidar com conceitos abstratos como os números e relacionamentos, estágio caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos.
d)      Fase 4 – Operatório formal, desenvolvido entre os 12 e 15 anos de idade – a criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente, estágio definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio abstrato.

Nosso conhecido e discutido Freud – Pai da Psicanálise, nasceu em Freiberg, Tchecoslováquia – 1856 – atendia jovens senhoras judias que sofriam sintomas neurológicos que compreendia paralisia parcial, alucinações, perda do controle motor e que não podiam ser diagnosticadas por exames. Foi o precursor dos estudos sobre comportamentos, daí sua indiscutível cooperação para o entendimento das ações e reações humanas que foram estudadas e aplicadas por psicólogos, parapsicólogos, psicanalistas com enorme contribuição para os profissionais também da educação.

Os objetivos do módulo foram alcançados, pois permitiu ampla discussão, exemplos, e vivência sobre as construções teóricas no que diz respeito aos aspectos do desenvolvimento psicológico. Refletimos sobre a importância dos atores envolvidos na construção da cidadania, permitiu-nos também uma profunda reflexão sobre o papel da escola na formação do sujeito, o que nos chama à responsabilidade sobre o nosso desempenho como coadjuvantes, no desenvolvimento das diversas tarefas que nem sempre são isoladas, mas em conjunto com os alunos e/ou demais colegas.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Módulo 04 - 2º Encontro - 19 de Março de 2011

No horário habitual chegamos ao Guima para mais um encontro e para nossa surpresa tivemos que nos dirigir a outra sala, que não a costumeira, o que causou um desconforto pelo deslocamento que não estávamos acostumados. E imediatamente tivemos que nos dirigir a outra sala para assistirmos a alguns filmes juntamente com a turma de Secretaria.
           
Os filmes encomendados pela UNICEF, a fim de retratar a situação de crianças marginalizadas em diversos países, foram elaborados por diretores de renome internacional, o que resultou um trabalho de excelente qualidade técnica e histórica.

Assistimos a três deles que foram:
O primeiro “CIGANOS” – da Sérvia – história de um menino, interno em um reformatório para delinqüentes. Sendo que a origem do problema está na família da criança, especialmente na pessoa do pai, violento sem valores éticos, morais ou sociais, cuja influência fez com que a criança preferisse permanecer no reformatório, lá as pessoas as protegiam e na rua não tem ninguém, nem mesmo aqueles deviriam amá-lo.

O segundo, “CRIANÇAS DE JESUS NA AMÉRICA” – EUA – mostra o cotidiano de uma menina que sofre agressão e ofensas verbais de outros colegas na escola. Novamente pela situação lastimável dos pais, viciados e portadores do HIV. Quando ela rompe a barreira da inocência e toma conhecimento da triste realidade de sua vida, pois também é portadora do vírus, aceita-a com resignação, passa a freqüentar um grupo de auto ajuda onde é acolhida com carinho.

O Terceiro filme se passa no Brasil, “BILU E JOÃO”, contempla a deprimente realidade de meninos, neste caso um casal de irmãos, que são obrigados a se aventurarem por São Paulo, a cata de papéis e sucatas para colaborar nas despesas de “sobrevivência” da família. São exploradas também pelos receptadores que aparentam solidariedade, mas seus objetivos são outros.

Numa breve reflexão sobre os temas, todos muito fortes e deprimentes, pois são dramas vividos ao nosso lado, fica difícil entendem como que conseguimos chegar à lua, mas em contrapartida, somos totalmente incapazes de resolver o mais grave e desumano problema da humanidade, onde 20% da população detêm 80% do capital mundial. Assim, geramos famílias abaixo da linha de pobreza e mesmo que queiram criar seus filhos com um mínimo de conforto, são obrigadas a lançarem mão de práticas aviltantes, expondo-as aos mais inóspitos perigos e situações que não encontramos em nenhum outro segmento da natureza.

A infância, fase da inocência, do desenvolvimento e de novas descobertas, deve ser preservada pelos “adultos”, requer cuidado e atenção. A família precisa ser atendida pelas autoridades com políticas de geração de emprego e renda, com respeito, para que possa suprir suas necessidades básicas, como alimentação, saúde e moradia e deve ser estendida a todos, não somente a classe dos mais privilegiados.

Cabe a todos nós, educadores, empresários, religiosos, profissionais liberais, ONGs, governos, enfim toda a sociedade mudar essa realidade. Já a conhecemos, cada ser humano deve  deixar de ser o centro e olhar para o lado, melhorando a vida do outro, veremos a nossa melhorada, sim eu acredito que se cada um fizer a sua parte mudaremos a conjuntura, por pior que se apresente, temos um belo exemplo aqui mesmo em nosso país, com a Pastoral da Criança, onde uma ilustre Senhora, saudosa Zilda Arns mudou a realidade de milhares de crianças condenas a inanição e devolveu a infância que todos queremos partilhar.